*Brasil
O Brasil tem milhares de mulheres sambistas, que se envolvem de corpo e alma com a causa, com o samba, não importa o lugar ou o que fazem, a criação de uma data para homenageá-las é certamente um passo a frente na luta destas mulheres que não medem esforços para manter o samba vivo, seja na música, na cultura ou de mãos dadas com o carnaval.
Em homenagem à Dona Ivone Lara, dia 13 de abril é instituído como Dia Nacional da Mulher Sambista, Lei Nº 14.834, que oficializa a data, foi publicada nesta sexta-feira, 05 de abril de 2024, no Diário Oficial da União
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou nessa quinta-feira (4), lei que cria o Dia Nacional da Mulher Sambista, a ser comemorado em 13 de abril. A data marca o nascimento da cantora, compositora e instrumentista carioca Yvonne Lara da Costa (1922-2018), mais conhecida como Dona Ivone Lara. A Lei 14.834, publicada nesta sexta-feira (5), no Diário Oficial da União (DOU), não teve vetos e já está em vigor.
A norma é oriunda do projeto de lei (PL) 3.057/2021, da Câmara dos Deputados. Para o relator da proposta na Comissão de Educação e Cultura (CE), o senador Cid Gomes (PSB-CE), o objetivo é dar visibilidade às sambistas e reconhecer a importância das mulheres nesse gênero musical.
“A instituição da data comemorativa dará visibilidade a outras mulheres brasileiras, que se destacaram e ainda hoje assumem um papel proeminente na história do samba”, diz o senador em seu relatório.
Segundo a Agência Câmara, a relatora, a Deputada Laura Carneiro, que foi favorável à proposta a data homenageia não apenas Dona Ivone Lara, mas todas as “mulheres que deram sua contribuição para a formação da identidade cultural do País”.
Biografia Dona Ivone Lara
Ela nasceu na cidade do Rio de Janeiro, sem confirmação, pois há divergência entre biógrafos sobre a data de seu nascimento, enretatanto o mais correto é 1921. Bisneta de escravos, teve contato com a música tanto no ambiente familiar, onde ouvia samba e choro, quanto no colégio interno para onde foi após se tornar órfã da mãe, lá aprendeu hinos cívicos e coros regidos pelo maestro Heitor Villa-Lobos.
Dona Ivone foi a primeira mulher a escrever um samba-enredo no Carnaval Carioca, em 1965, ela também foi enfermeira, se aposentando da profissão aos 77 anos, quando passou a se dedicar somente à vida artística, que contou com mais de dez álbuns produzidos. Ela faleceu no dia 16 de abril de 2018, aos 97 anos, por insuficiência cardiorrespiratória.
Fonte: Agência Senado