CONFIRA A SINOPSE DO ENREDO DA PORTELA PARA 2026
CARNAVAL PELO BRASIL | RIO DE JANEIRO
A Portela apresentou a sinopse do seu enredo para o Carnaval 2026: “O Mistério do Príncipe do Bará — A Oração do Negrinho e a Ressurreição de sua Coroa sob o Céu Aberto do Rio Grande”.
É um tema afro-gaúcho que parte da história do Príncipe Custódio, figura ancestral ligada ao Bará do Mercado. Com assinatura de André Rodrigues, a escola mergulha na negritude do sul do Brasil para reconstruir memórias e tensionar o apagamento histórico. A Sapucaí será palco de um samba que afirma: o negro do Rio Grande existe, resiste e tem muito a contar.
ARGUMENTO
Para o carnaval de 2026, o G.R.E.S. Portela apresenta o enredo “O Mistério do Príncipe do Bará, a Oração do Negrinho e a Ressurreição de sua Coroa sob o Céu Aberto do Rio Grande”, propondo uma narrativa fantástica que se debruça sobre a história da comunidade negra no Rio Grande do Sul, a partir da referência de um personagem essencial não só para a construção da negritude e da afro religiosidade no estado, mas que também se torna um farol para o estabelecimento do movimento negro nacional.
Essa história toma, então, protagonismo como uma ferramenta importante para corrigir erros contínuos na construção do imaginário popular brasileiro, trazendo à luz uma negritude que resistiu, persistiu e forjou uma identidade que se perpetua até os dias de hoje. ao trazer um símbolo universal de poder, a Portela, instituição cultural mais conhecida do Brasil, propõe ao país a descentralização da historicidade negra nacional, promovendo a história do Príncipe Custódio.
Símbolo da resistência e participação negra na construção do estado, o príncipe se torna personagem principal de uma narrativa que promove uma alternativa de se enxergar não só Rio Grande do Sul, mas também os grandes heróis da negritude brasileira.
Na centralidade desta saga está um personagem que é egresso do continente africano, que toma o rumo do Brasil não pelas correntes da escravidão, mas sim como um príncipe coroado, agente ativo de sua própria história. Ainda que nesta condição, ele apresenta uma perspectiva de análise que reforça e exalta a capacidade do povo negro de moldar novas realidades onde passa.
Através da influência de Custódio, seremos capazes de descortinar um Rio Grande do Sul ainda desconhecido pelo brasileiro, e que se constitui como peça fundamental para a construção da luta que conhecemos, se tornando assim amplamente reconhecido como referência. iremos dissipar a névoa ao redor de uma figura que, ainda que originário do Benin, representa um Brasil que queremos colocar cada vez mais no mapa: um Brasil que se reconhece em sua negritude e a coloca como liderança política, cultural e religiosa, enaltecendo aquilo que nos é essencial.
Na narrativa proposta, buscamos abarcar a construção do Príncipe Custódio como um mito de fundação da sociedade gaúcha, tamanha é a sua influência na organização da população negra dos pampas e sua importância na construção desse organismo social, que podemos alcançar a compreensão de que a sua existência perpassa os limites da corporalidade e passa a integrar a esfera do que é intangível ao colocá-lo uma vez mais no plano material, contando sua história, poderemos finca-lo de maneira definitiva no imaginário popular brasileiro como um espelho da negritude que construiu, e constrói, o país que acreditamos.
JUSTIFICATIVA
“Terra de estância
charqueada grande
negro se salgando
terra quilombo
choça e mocambo
negro lutando
e resistindo
se libertando”
Oliveira Silveira, em “Terra de Negros”
Desde a aurora de sua história centenária, o GRES Portela se impôs como referência basilar da linha de frente do enfrentamento ao racismo brasileiro. nascida em uma sociedade cuja escravidão fora recém-abolida, num processo traumático e mal conduzido em que restou o abandono e a negação de quaisquer perspectivas a pessoas negras, esta escola de samba acabou por se consolidar como a grande referência de seu povo, farol a guiar todo um país.
Em 2026, a Portela contará a epopeia de um príncipe negro: Custódio Joaquim de Almeida, batizado Osuanlele Okizi Erupê no Benin, onde nasceu, descendia da realeza e se tornou guerreiro da liberdade de sua gente, uma luta que o levou a ser perseguido até deixar sua terra natal. guiado pelo ifá, onde buscou uma direção que o protegesse, aportou na Bahia, passou pelo Rio de Janeiro e chegou ao Rio Grande do Sul, casa e cenário desta saga.
Mística e fantástica, a história do príncipe narrada a partir do encontro entre o Negrinho do Pastoreio e Bará, ambos símbolos fundamentais para o povo gaúcho.
Uma criança que orou e iluminou o caminho até encontrar a memória de um reinado pronto para ser redescoberto, de frente ao grande deus do Batuque (religião afro-gaúcha), que permite os caminhos e os encontros nas encruzilhadas, o início, o meio e o início. E este conto não pode ser encontrado em obras literárias, matérias jornalísticas e escritas acadêmicas, pois se apresenta a partir do protagonismo da oralidade na formação dos mitos fundamentais. Sem tal recurso, estas e tantas outras histórias são encaixadas e reduzidas a espaços delimitados pelo que se vê, sem a ludicidade e a mobilização trazidas pelo exercício da utopia enquanto possibilidade de manutenção do mito, para que estes se tornem imortais mesmo defronte ao vigor do tempo.
O enredo reflete a vida e os mistérios do príncipe do Bará em sua querência, espelhando a influência de Custódio na formação da identidade da sociedade gaúcha. A religiosidade é parte fundamental da narrativa, pois, como conta o mito, Custódio é quem unifica nos pampas os ritos e os costumes africanos que passaram a guiar a fé do gaúcho no exercício da afro religiosidade nas paragens desta terra.
E, diante do assentamento de Bará no Mercado Público, o enredo se encruzilha.
Deste cruzeiro, percorre-se o caminho definido por Bará, alheio à obviedade da contagem do tempo, que redefine tudo o que há após como um espelho ancestral do que existiu antes: a andança de Custódio. Daqui em diante, revela-se a identidade do lugar, a cultura sulista e os heróis negros erguidos destas terras, os sonhos, anseios, orgulhos… lendas e mistérios do Rio Grande.
Eis uma história de tamanha exuberância, que não é amplamente conhecida, para além do sul, em virtude da violência. a imagem de um gaúcho embranquecido e europeizado, difundida país afora por décadas, não dá conta de protagonizar um estado multicultural e racialmente engendrado. O relicário negro do Rio Grande do Sul tem sua própria história e, a partir de agora, será contado pela maior e mais importante escola de samba do mundo.
O Príncipe Custódio merece a festa e a águia é por você, Negrinho. pode voar.
PRÓLOGO
Bará indica:
Corre, Negrinho… voa, Negrinho
Tua ronda é precisa
Voa, Negrinho, mostra a trilha
No sinuelo do tempo novo tu levanta o que foi negado
Lá onde o açoite cala, teu passo deixa recado
Corre leve, Negrinho do Pampa, tua vela é farol no breu
Trote firme na cancha da alma, tua luz é caminho dos seus
Rente ao chão no descampado noturno
A luz da tua vela clareia o infinito
Negrinho de galope manso, de parceiros confiantes
Cada um carrega a ausência de um pampa esquecido
No breu do não saber
Tu acendes a dignidade que te negaram
Um pampa negro, paleteado do peito
Escondido sob a fumaça branca, brava, cerrada…
Corre, Negrinho… voa, Negrinho
Deixe que te vejam no escuro véu
Tua ronda são suas lembranças
Teu galope sobe pro céu…
Negrinho do Pastoreio diz:
Alupo, Alupo… licença, meu senhor
Não tem tropa ou cavalo que me faça estancieiro
Perdão pela palavra: somos dois renegados
Na querência do Brasil, mal somos enxergados
Mas quem sabe… se eu lhe trouxer um achado da noite?
Da nuvem da memória, só se lembram do açoite
Achei uma coroa – e eu sei a quem pertence
Se o senhor me ouvir, conto a história com reverência:
É sobre um Príncipe, preto feito eu
Que mal pensa o brasileiro de sua existência
À Luz da Realeza
Jamais o Negrinho saberia explicar porque o dono dos caminhos e senhor das histórias o convocara para esta missão. Atendendo ao chamado, revelou seu achado…
Atento, Bará se pôs a ouvir o menino, que passou a lhe contar sobre o Príncipe de Ajudá, vindo do Benin: Custódio Joaquim de Almeida, ou Osuanlele Okizi Erupê. A cabeça coroada por Sakpatá, o homem que lutava em suas terras pelo direito de existir livremente, era líder da resistência, das revoltas. Em nome da segurança de seu povo, foi exilado e, no jogo de búzios, viu seu destino apontado para o Brasil.
Acalentado, seu caminho foi abraçado pelos deuses do desconhecido desta nova terra. O mar estava no meio do tabuleiro e a sorte do caminho era de quem respondia primeiro. No porto do passado, ficou a mãe terra.
“E NAN TṢẸ E NAN TṢẸ
E DỌ E NAN TṢẸ
ENAN TṢẸ NU E AONON DAHO”
Assentando a África nos Pampas
Foi quando o vento da palha que dança chegou, desembarcou primeiro na Bahia, ventou e foi para o Rio de Janeiro. O barulho da fibra se batendo no solo só́ dançou e levantou terra quando chegou ao Rio Grande.
O poder que trazia dos séculos se restabeleceu, e pelos infinitos horizontes das querências gaúchas espalhou-se a real presença de um negro Príncipe Africano.
Coroado Príncipe dos Mendigos, pois o povo atendia. Príncipe Curandeiro e Macumbeiro, era feiticeiro. Rei das mandingas e dos despachos. Revirava a alma dos necessitados com folhas, rezas e toques que só́ compreendiam os antigos africanos. Um trono de fumaça que exalava o ancestral.
Tornou-se temido e respeitado a ponto de fazer a burguesia dançar consigo o dueto de reverências. Chefe dos pobres, todos vindos de um negro Brasil recém-liberto que estava sob sua influência, era o representante dos vadios, da cidade baixa, de malandros e vagabundos. Uma história cheia de mistérios que merece cuidado.
Xirê de Nações, firmando o Batuque
Enquanto desviava as atenções sobre sua famosa e misteriosa figura na elite, enquanto recebia em sua casa nas escuras noites porto-alegrenses os chefes de Estados, governadores, entre outros, o Príncipe organizava seu povo no fundo do quintal, por detrás da capela, por detrás dos santos.
Uniu por um único toque, único tambor, uma África despedaçada pelo horror das invasões.
E foram chegando… o que lá́ eram diferentes povos, aqui se tornaram os remendos de uma alma, os remendos da cor com linhas de sobrevivência.
De mansinho, pés rastejos e descalços, no embalo do ilu, juntaram-se as Nações de Oyó, Jeje e Nagô̂, os negros Cambinda e também de Ijexá.
Sob o trono do Príncipe das Encruzilhadas, cruzaram distintas heranças e entronaram o Deus da comunicação como seu principal representante em comum, abrindo caminhos entre as diferenças e unindo a todos para resistir ao tempo.
O assentaram pela cidade, e no Mercado o cruzeiro de BARÁ virou o encontro de todos. A chave da eternidade.
Negritude resplandecente e consciente, se reconstituindo, de nome resistência, de sobrenome tambor. E o BATUQUE nasceu.
– Bará diz:
É bem aqui, no cruzeiro dessa história
Que te encontro, Negrinho da alma andeja
Eu — que sou “começo, meio e começo” —
Carrego a coroa numa mão, noutra, a chave campeira do porvir
O Príncipe já se foi, se encantou nos passos de Sakpatá
E bailou sua última dança no terreiro do tempo
Fui eu quem mandou buscar, no escuro do esquecimento
A coroa perdida de um reinado que ainda vai ser teu
Serás, Negrinho, com outros da tua tropa
Príncipes do sol nascendo no campo limpo
Onde nossa gente não vai ser mais açoitada
Nem sumida na névoa braba do racismo
Do abandono, da violência
Do tempo que tentaram nos calar
Vão beber das águas de um Rio Grande
Que corre nas veias africanas do Sul do Brasil
E assim será:
Xirê de Batuque, Firmando a Negritude
Bará, então, disse que nesse Rio Grande onde o Príncipe se encantou assentou-se um novo rumo, um novo Sul, africano e pouco conhecido, com um destino certo de expandir sua força para as terras continentais deste país, que tanto tem de África em outros conhecimentos.
Foi quando apresentou ao Negrinho o Xirê̂ do Batuque, a religião com mais adeptos e casas abertas no Brasil, que é fruto da organização das diferentes nações unidas pelo Príncipe Custódio, que firmou a negritude do Sul de um País que não a vê e persiste em suas próprias lutas. É como se sentem.
Contam com o movimento da espada de Ogum e Oyá́, com a justiça de Xangô̂. Com a esperança dos Ibejis e a obstinação de Odé e Otim. Estão com Obá em uma dança de cura e segredos, onde Ossain e Xapanã̃ também são sacerdotes. Com a destreza de Oxum e o acalanto de Iemanjá́, firmam seus Oris para servirem ao pai Oxalá́ em suas missões de paz e dignidade para os seus iguais.
Estão nos assentos de Bará espalhados pela cidade, no cruzeiro do Mercado e na procissão de fé que tem como terreiro a Igreja do Rosário, um rito que simboliza a ocupação da cidade pela esquecida corte da realeza africana.
Assentou a Cultura dos Pampas
Corte real esta que espalhou sua mancha preta, a cor do trono do principado ocultado que revive nos contos, nos mitos e na oralidade de seus súditos.
Versaram em alto e bom som:
“Nós não éramos nascidos/Nossa mãe não pôde conhecê-lo/O já então falecido Príncipe africano que, por capricho do destino, desembarcou no Rio Grande/Mas o tempo passou/E, por pouco, não perdemos nossa identidade/Como uma prova do destino, tivemos que lutar bravamente/Para merecermos a nossa velha imortalidade.”
Imortais nos toques do tambor de sopapo, nos movimentos quilombolas que resistem e nas espadas, coroas e bandeiras dos Maçambiques de Osório.
Estão nos estandartes de Onira, herança da negritude, o cortejo onde seu Rei é preto e a Rainha também. Baila a porta-estandarte ao lado dos Comanches que, ano após ano, sorriem na avenida para não se tornarem um espaço vazio numa passarela que não contará suas histórias.
A cultura negra do Rio Grande do Sul está́ assentada na memória do velho Príncipe de Sakpatá, o homem que firmou o Bará tão profundo que a terra respira os ecos de sua real presença preta, que não abaixa a cabeça.
E que assentou um Brasil inteiro quando refez o trono de Zumbi como o rei do Brasil de cor, fazendo de sua data o maior marco do sentido de liberdade. Feitiçaria ensinada pelo velho Custódio, que ensinou este Bará a abrir os caminhos de seu povo.
À Luz de Custódio, um Novo Prólogo
Bará ensinou ao Negrinho o que aprendeu com Custódio: a ser rei e a servir. O senhor das chaves mostrou ao menino o caminho da eternidade: a chama da memória.
Por isso, a partir de agora, o Príncipe da nova história é um menino negrinho que deu cera, pavio e fogo para tantos outros encontrarem as estradas da liberdade, para sobreviverem no formigueiro grande de costumes malditos que tenta matar aos pouquinhos os pretos do Rio Grande.
Enquanto sobrevivem na luz da lembrança, alimentam as velas de outros pretinhos e pretinhas que pastoreiam esse país para salvar o corpo de um Negro inteiro, que será coroado a céu aberto de dia claro, e, quem sabe, ganhará asas para voar com as águias e laçar das nuvens as injustiças desse país.
CORRAM, NEGRINHOS… VOEM, NEGRINHOS
DEIXEM QUE SIGAM VOCÊS
SUAS RONDAS SERÃO DE VITÓRIAS
O MUNDO PRECISA LHES VER
Autores do enredo: André Rodrigues, Fernanda Oliveira, João Vitor Silveira e Marcelo David Macedo.
Textos: André Rodrigues, João Vitor Silveira e Marcelo David Macedo.
Carnavalesco: André Rodrigues
Sinopse inspirada no poema “Negrinho do Pastoreio”, de Jayme Caetano Braun.
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“E Nan Tṣẹ E Nan Tṣẹ
E Dọ E Nan Tṣẹ
Enan Tṣẹ Nu E Aonon Daho”
Oração para Sakpatá, que diz “Tudo vai dar certo (Assim Seja) /Eu te digo (Assim Seja) /Tudo vai dar certo.”
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“Começo, Meio e Começo”
Trecho extraído de uma citação de Antônio Bispo dos Santos, o Nêgo Bispo (1959-2023).
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NÓS NÃO ÉRAMOS NASCIDOS/NOSSA MÃE NÃO PÔDE CONHECÊ-LO/ ENTÃO FALECIDO PRÍNCIPE AFRICANO QUE, POR CAPRICHO DO DESTINO, DESEMBARCOU NO RIO GRANDE/MAS O TEMPO PASSOU/E, POR POUCO, NÃO PERDEMOS NOSSA IDENTIDADE/COMO UMA PROVA DO DESTINO, TIVEMOS QUE LUTAR BRAVAMENTE/PARA MERECERMOS A NOSSA VELHA IMORTALIDADE.”
Poema de Marcus Almeida, bisneto de Custódio, de 1993.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Livros e artigos
BORBA, Rudinei O. Redescobrindo o culto nagô̂ do Príncipe Custódio no Batuque afro-sul. Revista Olorun, nº 8. Porto Alegre, 2022.
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VERGER, Pierre Fatumbi. Notas sobre o culto aos orixás e voduns na Baía de Todos os Santos, no Brasil, e na antiga Costa dos Escravos, na África. Editora da USP. São Paulo, 2019.
Audiovisuais
CAVALO DE SANTO. Mirian Fichtner e Carlos Caramez. Globoplay, 20 nov. 2022. 1h10min. Documentário. Disponível em: https://globoplay.globo.com/cavalo-de-santo/t/5cqFc2HN92/. Acesso em 14 mai. 2025.
CUSTÓDIO, O PRÍNCIPE DE PORTO ALEGRE. Palácio Piratini. Entrevistadores: Mateus Gomes e Stefani Fontanive. Entrevistados: Baba Phil, Jorge Sodré, Jovani Scherer, Manoel José Ávila da Silva, Vander Duarte e Vinícius de Aganju. Porto Alegre: Governo do Estado do Rio Grande do Sul, 23 nov. 2021. 32min. Documentário. Disponível em: https://www.palaciopiratini.rs.gov.br/custodio-o-principe. Acesso em 10 jun. 2025.
FESTA DE BATUQUE. Locução de: Everton Cardoso. Porto Alegre: Muamba, Radio da Universidade, UFRGS, 03 ago. 2023. Podcast. Disponível em: https://creators.spotify.com/pod/profile/radioufrgs/episodes/Muamba-t05e02–Documentrio-especial—Festa-de-Batuque-e274fhs/a-aa6rp3t. Acesso em 04 jun. 2025.
O INVISÍVEL GAÚCHO NEGRO. Entrevistador: Thiago André́. Entrevistada: Fernanda Oliveira. Rio de Janeiro: História Preta, 14 jan. 2019. Podcast. Disponível em: https://historiapreta.com.br/episodio/o-gaucho-negro/. Acesso em 04 jun. 2025.
OS TERREIROS DO BATUQUE GAÚCHO. Alfredo Alves. São Paulo: TV Cultura, 03 jan. 2020. Documentário. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=skJy_tEgNz4. Acesso em 14 mai. 2025.
TAMBORES DO SUL. Locução de: Thaís Seganfredo. Canoas: Riobaldo Conteúdo Cultural, Nonada Jornalismo, 11 jan. 2021. Podcast. Disponível em: https://open.spotify.com/episode/3bbZVlINwTVxvFB9dMTWDY?si=b81119031f854071. Acesso em 04 jun. 2025.
Reportagens
A HISTÓRIA DO PRÍNCIPE NEGRO ACOLHIDO PELA ELITE GAÚCHA QUE, HÁ UM SÉCULO, CONSOLIDOU AS RELIGIÕES AFRICANAS NO RS. Alexandre Lucchese. Porto Alegre: Zero Hora, 20 mar. 2020. Reportagem. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2020/03/a-historia-do-principe-negroacolhido-pela-elite-gaucha-que-ha-um-seculo-consolidou-as-religioes-africanas-no-rs-ck80hodbj06dn01pq824lyj2s.html. Acesso em 06 jun. 2025.
A MEMÓRIA VIVA DE CUSTÓDIO, PRÍNCIPE AFRICANO QUE VIVEU EM PORTO ALEGRE. Grégorie Garighan. Porto Alegre: Jornal da Universidade, UFRGS, 01 abr. 2021. Reportagem. Disponível em: https://www.ufrgs.br/jornal/a-memoria-viva-de-custodio-principe-africano-que-viveu-em-portoalegre/. Acesso em 06 jun. 2025.
BATUQUE/BATUQUE GAÚCHO. Tom Oolorê. Rio de Janeiro: Historiando Axé, 16 mar. 2024. Reportagem. Disponível em: https://historiandoaxe.com.br/2021/02/batuque-batuque-gaucho/. Acesso em 04 jun. 2025.
O MISTÉRIO DO PRÍNCIPE DO BARÁ.* Banda Lı́tera. Disponível em: https://litera.mus.br/o-misterio-do-principe-do-bara/#:~:text=Tratase%20de%20um%20dos,na%20atual%20Rep%C3%BAblica%20da%20Nig%C3%A9ria. Acesso em 17 mai. 2025.
ONDE ESTÃO OS NEGROS DO RIO GRANDE DO SUL? Eduardo Amaral. Porto Alegre: Correio do Povo, 20 nov. 2019. Reportagem. Disponível em: https://www.correiodopovo.com.br/especial/onde-est%C3%A3o-os-negros-do-rio-grande-do-sul-1.381578. Acesso em 06 mai. 2025.
O PRÍNCIPE CUSTÓDIO DE XAPANÃ/SAKPATÁ ERUPÊ E SEU CULTO NAGÔ. Hùngbónò Charles. 01 fev.2016. Artigo. Disponível em: https://ocandomble.com/2016/02/01/o-principe-custodio-de-xapanasakpata-erupe-e-seu-cultonago/. Acesso em 09 jun. 2025.
PRÍNCIPE NA ENCRUZILHADA: COMO O RS VIROU POLO DAS RELIGIÕES AFRO NO BRASIL. Fernanda Oliveira. UOL, 04 mai. 2022. Reportagem. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2022/05/04/principe-na-encruzilhada-como-o-rs-virou-polo-das-religioes-afro-no-brasil.htm. Acesso em 29 abr. 2025.
REINO DO BENIN. Cláudio Fernandes. Reportagem. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/reino-benin.htm. Acesso em 11 jun. 2025.
* Este texto serviu como inspiração para a criação do título do enredo.
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